Esse ano, o Royal Edinburgh Military Tattoo (um festival de bandas marciais realizado durante o mês de agosto em Edimburgo na Escócia) teve como tema "Splash of Tartan".
A razão disso merecer um post no amogenealogia, é que este foi considerado o Ano da História, do Patrimônio e da Arqueologia, celebrando a diversidade da família global da Escócia e isso envolveu o incentivo ao uso (e por tabela a divulgação) do tartan, enquanto símbolo dos clãs escoceses.
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| #edintattoo 2017 |
Tartan (ou tartã em português) é a padronagem de estampa quadriculada, que nós costumamos chamar de xadrez. Cada clã da escócia tem sua própria padronagem, um costume adotado à partir do século XVIII, o que é considerado como uma tradição inventada, criticada por alguns e celebrada por outros.
Inventar tradições é um costume que pode ser muito salutar e interessante para a história da família, especialmente porque a história é algo em movimento.
Os visitantes do festival foram incentivados a ir vestindo o tartã de seu clã, ou caso não possuíssem nenhuma conexão com clãs escoceses (57 clãs confirmaram presença no evento) a ir vestindo a padronagem de sua preferência.
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| #edintattoo 2017 |
No Brasil temos descendentes de todas as etnias do mundo, embora o Reino Unido esteja longe de ser um dos nossos "fornecedores principais", estima-se que quarenta e cinco mil pessoas no Brasil são de ascendência escocesa. A exemplo dos irlandeses, os primeiros escoceses e descendentes surgiram de mercenários a serviço da pirataria inglesa na costa.
História da Família em Tecido
Estamos familiarizados com brasões na identificação de famílias, então a ideia de uma padronagem de xadrez representar uma família ou linhagem pode soar nova e curiosa para a maioria das pessoas, mesmo as acostumadas com pesquisa genealógica.
Imagine se cada família no Brasil tive sua própria estampa?
Gosto de pensar que a minha seria preta, branca e cinza.
Info: Fotografias da autora. / Imagens da revista do evento, reproduzida a título de divulgação.



