Hoje fui almoçar com a minha avó.
A macarronada italiana dela (que é filha de uma espanhola com um romeno) é das melhores, mas também, 70 anos cozinhando não é para qualquer um.
Há anos venho pesquisando o os ramos familiares que compõem minha árvore genealógica e nesse ínterim já ouvi as mesmas histórias dezenas de vezes (pra ser sincera, não me canso delas).
Cheguei a ficar uns dias na casa dessa avó, anos atrás, só para ouvir e anotar coisas sobre a nossa história familiar. Já fiz muitas perguntas, anotei muitos dados, vi fotos e mais fotos, preenchi gráficos de linhagem com ela e contudo, hoje ouvi uma coisa que nunca tinha ouvido; descobri que minha avó teve um irmão chamado Pedro que morreu ainda na infância.
"Grande coisa! Isso acontecia com todo mundo naquela época..." - Você pode pensar.
De encontro a essa verdade triste, a gente esbarra na linha que divide os pesquisadores de genealogia em duas categorias: Os que fazem a pesquisa e os que amam o trabalho.
Para fazer genealogia é preciso ter vontade e paciência.
Para amar genealogia é preciso entender que cada pessoa conta.
Se você tem avós e bisavós vivos, faça preparativos para ir visitá-los o quanto antes.
Leve seu caderno, sua máquina fotográfica, ou seu gravador de áudio.
Daqui a não tanto tempo, o resultado de sua visita poderá ser um tesouro familiar sem comparação, exatamente como a macarronada com queijo meia cura que é tradição familiar por aqui.
...
Info: Ilustração fotográfica feita pela autora.